sábado, 10 de julho de 2010

O frágil conceito de felicidade...


Sempre perguntamos a nós mesmos se somos felizes e a resposta nunca nos vem clara, direta. Vem sempre repleta de névoas e dúvidas. Entretanto, a busca pela felicidade é exatamente a razão para persistirmos na luta pela própria realização. É como um propulsor para cada amanhecer.

O mais irônico neste processo é que na busca pela felicidade, não percebemos o quão felizes somos. Uma felicidade fácil, acessível e contínua, guardada dentro de nós, mas que é comprometida pela própria repressão da nossa mente.

Momentos felizes estão disponíveis a todos, a cada dia, a cada página da nossa história. Mas quando por algum motivo eles nos faltam, julgamos ter uma vida medíocre, sem grandes encontros, sem grandes revelações. Uma vida que vai passando e se esvaindo por entre os tic-tacs dos nossos relógios.

A conseqüência dessa cobrança mental é não percebermos a alegria de muitas situações que vivemos. Quantas vezes você esteve em algum lugar e sem perceber, foi extremamente feliz, mas só se deu conta disso quando olhou uma fotografia daquele momento? Quantas vezes deixou de aproveitar um momento feliz enquanto ele ainda estava acontecendo? Quantas pessoas amigas passaram por sua vida e você só percebeu quando encontrou perdido no tempo um velho caderno de recordações?

Podemos não encontrar facilmente momentos felizes em nossa memória, mas lá estão as fotografias e os velhos bilhetes rabiscados para nos lembrar.

Por isso, quando você se sentir triste ao analisar sua vida e não conseguir perceber grandes acontecimentos, reviva-os através de suas memórias materiais. Reveja suas fotografias - são sempre elas que guardam nossos momentos, com o lúdico poder de eternizá-los. Procure as cartas recebidas dos seus amigos e veja quanta gente já disse e documentou o quanto te adorava e te amava, sem esperar qualquer recompensa.

Reúna lembranças de família, reveja sua vida. Relembre as pessoas que você amou, reencontre amigos, recorde conquistas, seja um pouco saudosista. Sinta cada capítulo, cada página que constitui quem você é hoje. Perceba que a felicidade não é um destino onde queremos chegar, mas o próprio caminho que percorremos a cada dia.

É quando a gente compreende verdadeiramente a nossa vida, que vemos o quanto já fomos felizes e que a “busca” pela felicidade, é na verdade, a busca por nós mesmos. A felicidade está intacta no nosso íntimo, pronta para nos revelar a nossa própria história, a qualquer momento. Façamos isso o quanto antes, para essa experiência nos ensinar a aproveitar os momentos enquanto eles ainda estão acontecendo e não apenas quando eles já fazem parte do nosso passado.

Já disse Renato Russo, em uma de suas últimas canções... “acho que a gente é que é feliz...”

2 comentários:

  1. Sábias palavras. O texto me fez lembrar aquela canção "Dias Melhores" do J.Quest.

    O blog está lindo. Parabéns!

    ResponderExcluir
  2. Dani amada! Primeiro dizer que estou morrendo de saudades de ti, da época que eu podia ir em tudo, que me divertia com você e com as gurias. Segundo dizer que o pai leu seu e-mail ao meu lado e fiquei imensamente feliz por ti, seja feliz no intercâmbio, por que você merece muito tudo isso. Acho que te vi me seguindo no meu blog, e fiquei super feliz, ao menos achei que era você. Ser blogueira é o máximo, já fui até em um encontro, que aliás estava divino. O teu blog é lindo, vou segui-lo e coloca na lista de blogs amigos. Um super beijo e sorte na bloguesfera, Luiza!

    Luiza Scortegagna
    jeitinhodeboneca.blogspot.com

    ResponderExcluir