sexta-feira, 22 de abril de 2011

Naqueles dias em que a gente dorme e gostaria de acordar em outro lugar...


Tudo está correndo no seu devido ritmo - talvez não exatamente como você gostaria, mas no seu ritmo. Você faz tudo o que está ao seu alcance para realizar seus objetivos, tem iniciativa, força de vontade, mas falta ainda uma única coisinha, falta ainda aquela oportunidade que faz a diferença.

Isso te força a analisar a sua vida. O que você fez, o que já realizou, já conquistou, as experiências pelas quais passou. E se sente bem. Sente satisfação por muitas vezes ter ido além de onde imaginava e além ainda do que muitas pessoas poderiam acreditar que chegaria. Por isso, apesar de o cenário não ser exatamente como o que você planejou, sente-se feliz pelo roteiro que conseguiu construir.

Mas, ou você cria expectativas demais sobre as pessoas, ou parte delas é que subestima a sua capacidade. Então alguém chega, pega o roteiro que você levou anos para construir e simplesmente o descarta, o parte como alguém que rasga um pedaço de papel inútil.

Ser subestimado é como receber um golpe na sua própria honra e dignidade. Principalmente quando a descrença parte de quem deveria ser o maior impulsionador dos teus sonhos e incentivo para tuas conquistas.

A todo momento você precisa querer mais, lutar mais forte, afinal, está sozinho na batalha. Não há um exército atrás do guerreiro e ele deve seguir em lutas quase que suicidas. E segue. E vence. Com muito mais dificuldade do que se ele tivesse aquela equipe de apoio, mas vence.

Essa vitória tem ainda mais gosto de realização pelo fato de ter sido conquistada por apenas um indivíduo? Não. Sinto dizer, meus senhores, mas não. Nenhum soldado quer encarar o desconhecido sozinho. Todos querem dividir os louros, serem parabenizados, ou ao menos ouvir “eu sabia que você conseguiria”.

Mas a vida nem sempre nos reserva este tipo de experiência. Na minha vivência, infelizmente - ou felizmente... ainda não consigo realmente analisar se isso será positivo algum dia – as coisas nunca vieram fáceis. Sempre foi depois de muita luta, de certo sofrimento, muitas vezes me sentindo como um velho guerreiro solitário, que finalmente pude colher vitórias e saborear a mais deliciosa sensação de que tudo valeu a pena.

E quando então você acha que agora irão festejar ao seu lado, engana-se. Estão apenas preparando os argumentos para um próximo combate de palavras. E, para piorar, estas são armas que te pegam desprevenido, com a guarda baixa, e causam ferimentos ainda mais difíceis de sarar.

Um dia eles serão curados e deixarão tua pele ainda mais forte, pronta para resistir aos próximos ataques. Mas isso não tira a dor que eles causam. Nem ameniza a tua decepção. Só te faz querer ir mais longe - talvez ficar mais longe.

Como hoje você não alcança essa resolução, sente-se como naqueles dias em que quer dormir e acordar em outro lugar...

2 comentários:

  1. Dani é a Ana de Toledo.....

    sempre passo por aqui, para ler seus textos e este me deixou emocionada, menina como vc escreve bem, massss bemmmm demaissssssssss mesmo, Parabéns Dani, te admiro pra caramba, uma grande amiga mesmo..... quando vem a Toledo?

    Saudades Amiga

    Bjãooo

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  2. Gostoso ler o q vc escreve. Gostoso me identificar com suas palavras. Gostoso que quase consigo ouvir vc dizendo as mesmas palavras com a doçura, espontaneidade e segurança que vc tem na voz. Orgulho em ser tua amiga!
    bejussss saudades sempre

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